A Câmara Municipal de Jacobina realizou, na quarta-feira (4), uma audiência pública para discutir os serviços prestados pela Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) no município. O encontro foi convocado após sucessivas reclamações da população sobre quedas de energia e outras falhas no fornecimento elétrico, tanto na sede quanto na zona rural.
A sessão contou com a participação de vereadores, representantes da Coelba e membros da sociedade civil organizada. Pela concessionária, estiveram presentes o consultor Euder Julian, o gerente operacional Valdemir Araújo e o supervisor operacional Ivan França.
O presidente da Câmara, vereador Noelson Oliveira, autor do requerimento para a realização da audiência, abriu os trabalhos apresentando um panorama das queixas registradas junto à Casa Legislativa. Entre os principais pontos abordados, destacaram-se as constantes interrupções no fornecimento de energia, prejuízos financeiros causados por essas falhas, e a dificuldade enfrentada por famílias de baixa renda para quitar contas acumuladas, em razão da ausência de leituras regulares.
Noelson criticou também o fechamento do escritório da Coelba em Jacobina, o que, segundo ele, tem contribuído para a precarização do atendimento à população. “Eu já tive que me deslocar até a cidade de Irecê para resolver um problema simples, porque em Jacobina, uma cidade sede, uma cidade polo, que representa vários municípios da região, não tem um escritório da Coelba. Essa é uma queixa de toda a população”, afirmou.
Durante a audiência, todos os vereadores presentes utilizaram o tempo regimental para apresentar relatos de insatisfação da comunidade. As falas reforçaram a percepção generalizada de queda na qualidade do serviço da concessionária, comparando com períodos anteriores, quando o atendimento era considerado mais eficiente. Também foram apontados atrasos superiores a 24 horas na recomposição do fornecimento após as interrupções.
Representantes de setores como saúde, comunicação e comércio também expuseram os impactos diários da instabilidade elétrica. Foram mencionados prejuízos em hospitais, clínicas, rádios e outras empresas, inclusive com queima de equipamentos eletrônicos.
Em resposta, o gerente operacional da Coelba, Valdemir Araújo, afirmou que cerca de 50% das interrupções são causadas por fatores externos, como queda de árvores fora da faixa de segurança, descargas atmosféricas, colisões de veículos com postes e outras ocorrências fora do controle direto da empresa. Ainda assim, ele garantiu que todas as demandas levantadas durante a audiência serão analisadas e que haverá uma devolutiva à Câmara.
Ao final da audiência, o presidente da Câmara, Noelson Oliveira, fez um balanço do encontro: “A audiência cumpriu seu papel de dar voz à população e cobrar providências da Coelba. Agora esperamos ações concretas para resolver os problemas apontados.”
Jacobina 24 Horas
Fotos: João Pedro Barbosa/CMJ
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