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De acordo com a secretaria, a medida visa garantir maior produtividade e foco no ambiente de trabalho | Ilustrativa/Pixabay |
A Secretaria Municipal de Educação de Valença, no sul da Bahia, implementou um decreto que determina o armazenamento de celulares de servidores e funcionários de unidades escolares do município durante o expediente, com liberação apenas nos intervalos e nos horários de entrada e saída. A medida, no entanto, gerou indignação entre os profissionais. A informação é do portal Correio.
De acordo com a Portaria nº 11/2025, publicada na última segunda-feira (5), os servidores deverão guardar os celulares em um local seguro, previamente indicado pela direção da escola, podendo utilizá-los apenas em casos de emergência ou urgência. Aqueles que necessitarem manter os aparelhos em posse por motivos justificados deverão comunicar previamente à gestão, para análise de uma possível exceção.
O objetivo, segundo a secretaria, é garantir maior produtividade e foco no ambiente de trabalho. Apesar disso, os profissionais alegam que a medida apresenta diversos pontos negativos, como a rigidez da norma.
"Eu me senti pequena, constrangida, sem direito, sem poder cumprir meu direito enquanto cidadã. Já pensou chegar no local de trabalho e encontrar um saco, uma vasilha, para recolher celular", disse uma professora da rede municipal, em entrevista ao Correio.
"A gente está vivendo no tempo do cabresto. Daqui a uns dias, não vamos ter direito a mais nada. O professor utiliza o celular como uma ferramenta de trabalha. A gente não tem livro suficiente, temos cotas para tirar impressão, quando tem. Quando queremos dar uma aula diferente, a gente utiliza o celular para passar vídeos no YouTube porque na escola notebook à disposição", relatou outra docente.
A Prefeitura de Valença afirmou que iria apurar o caso.
Fonte: BNews
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