O candidato a vice-governador de Sergipe, Sérgio Gama (MDB), é alvo de uma investigação realizada pelo Grupo Especial de Mediação e Acompanhamento de Conflitos Agrários e Urbanos (GEMACU), da Polícia Civil da Bahia, conforme documentos obtidos pela reportagem do Bnews. A investigação aponta que ele lidera um grupo que tem levado "violência ao campo, colocando em risco a vida, a integridade física e psicológica de trabalhadores rurais, objetivando vantagem econômica".
As ações de ameaças e agressões contra os posseiros de terra têm ocorrido no povoado conhecido como Inferninho, em Itapicuru (BA). Segundo relatos de ao menos 14 pessoas ouvidas pela Polícia Civil, Sérgio Gama diz ter adquirido partes das terras ocupadas pelos posseiros e tem coordenado as ameaças para que eles deixem a região. "A terceira figura desse comando criminal, ao que tudo indica, é Sérgio Gama da Silva, que surge como adquirente das terras antes pertencentes à Empresa CAL TREVO. Acompanhando SÉRGIO GAMA, enquanto o acusado desfila portando arma de fogo longa, na zona rural, objeto da disputa", diz trecho do documento.
Segundo relatos feitos na representação, Em 2021, o grupo foi responsável por uma ação violenta que resultou na destruição de plantações, causando prejuízo de aproximadamente R$24.650,00 à uma das posseiras que teve a terra invadida.
Ainda conforme representação da GEMACU, o grupo atua de forma organizada e planejada, destinado a "expulsão de posseiros, preliminarmente, através do "convencimento" para uma comercialização financeiramente prejudicial e, se isso não der certo, por meio da força e da promessa de morte".
Com base na denúncia e nas investigações, o GEMACU representou junto ao Tribunal de Justiça da Bahia para solicitar a prisão temporária de Sérgio Gama e os demais suspeitos das ações de violência e ameaça. "Considerando que existem fundadas razções para se acreditar serem os investigados autores de diversos crimes, dentre os quais, ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA", diz trecho do documento. O pedido agora aguarda parecer do Ministério Público da Bahia (MP-BA).
No pedido, a delegada Giovanna de Andrade Bomfim também entende como necessária a realização de busca e apreensão na residência do candidato.
Pedido de prisão emitido pela justiça da Bahia é feito sem qualquer solicitação de esclarecimentos ao empresário que, publicamente, é conhecido pela retidão no setor empresarial
Defesa
O empresário Sérgio Gama (MDB) foi surpreendido com a notícia de um documento judicial com pedido de prisão que circulou no mesmo dia em que os partidos da coligação Sergipe da Esperança apresentam o nome dele na chapa majoritária para concorrer ao governo do Estado de Sergipe.
De acordo com a assessoria jurídica do empresário, que é conhecido por ter uma vida empresarial transparente, o documento da justiça da Bahia apresenta arbitrariedade num pedido de prisão, onde sequer o Sérgio Gama foi convocado para quaisquer esclarecimentos.
Em nota, os advogados explicam que as acusações são mentirosas e desprovidas de qualquer prova. E afirmam que houve o uso de informações falsas com o único intuito de manchar a honra e imagem de Sérgio Gama.
Chegando ao ponto de haver no documento judicial um depoimento que faz acusações graves de uma suposta presença e interferência da mãe do empresário, Aparecida Gama, desembargadora aposentada, quando a mesma nunca esteve no município citado.
Os advogados ressaltam, ainda, que o empresário Sérgio Gama comprou as terras no interior da Bahia, no município de Itapicuru, de propriedade da CalTrevo com toda a documentação legalizada.
E lamentam que “coincidentemente” estes fatos são apresentados durante o pleito eleitoral. Abrindo precedente de que esta ação na justiça tenha finalidade política de prejudicar a reputação do respeitado empresário.
Veja aqui a nota publicada pela assessoria jurídica:
Em relação aos fatos veiculados na imprensa de que o candidato Sérgio Gama estaria sendo acusado de ameaçar posseiros com mandado de prisão expedido, a assessoria de jurídica esclarece que (i) o candidato jamais teve qualquer envolvimento em atos ilícitos; (ii) que adquiriu em 2021 em sociedade uma área no município de Itapicuru de propriedade da CalTrevo, gerando mais de 30 empregos; (iii) que as acusações são mentirosas e desprovidas de qualquer prova; (iv) coincidentemente esses fatos são apresentados durante o pleito eleitoral dentro de um procedimento que o acusado sequer foi ouvido, o que atesta o uso de informações falsas com o único intuito de manchar a sua honra e imagem. Reforçamos que tomaremos as medidas jurídicas cabíveis cíveis e criminais.
Fonte: BNews
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