A professora e pesquisadora da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Sandra de Assis, junto ao seu grupo de pesquisa, descobriram uma maneira de utilizar abacaxi híbrido para desenvolver um novo tipo de curativo. A equipe começou a produzir filmes de polímeros, com extrato de abacaxis híbridos, que ajudam a hidratar e cicatrizar mais rápido as feridas cutâneas.
Sandra explicou que a ideia da pesquisa surgiu enquanto ela assistia reportagens da televisão que tratavam da falta de materiais cicatrizantes. “Este filme polimérico, similar a uma fita, quando posicionado em cima de uma lesão na pele, protege o ferimento. É neste microambiente higienizado, que, somado ao uso de anti-inflamatórios e antibacterianos, a ferida pode cicatrizar mais rápido”, afirmou pesquisadora.
Ela ainda ressaltou que a cicatrização de feridas é um processo complexo que envolve múltiplas etapas, e, por isso, ter um ambiente favorável para que a região possa se recuperar é fundamental.
O processo de produção do novo tipo de curativo começa através da polpa do abacaxi, de onde é extraída uma enzima chamada bromelina, que possui ação anti-inflamatória. Em seguida a substância é incorporada em nanopartículas ou lipossomas que compõem película cicatrizante.
Um estudo realizado em animais para medir a eficácia do produto constatou que as feridas foram reduzidas por volta do 14º dia após a aplicação. Dessa forma, é possível perceber como o acréscimo da bromelina em filmes curativos possui potencial cicatrizante. BN
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