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Prefeito João Vitor Xavier se entregando à polícia — Foto: Reprodução/Redes Sociais |
O prefeito de Igarapé Grande (MA), João Vitor Xavier (PDT), foi preso na manhã desta terça-feira (15) em São Luís, acusado de matar a tiros o policial militar Geidson Thiago da Silva durante uma vaquejada em Trizidela do Vale, no dia 6 de julho.
João Vitor se entregou à Polícia Civil após a Justiça determinar sua prisão preventiva. A decisão foi tomada para garantir a ordem pública e permitir a busca da arma usada no crime, que ainda não foi localizada.
Como aconteceu o crime?
Segundo testemunhas, o policial, que estava de folga, pediu para o prefeito baixar os faróis do carro, que estavam muito fortes e incomodavam as pessoas na vaquejada.
Os dois discutiram e, em seguida, o prefeito teria sacado uma arma e atirado no PM, pelas costas, segundo relatos iniciais. O policial foi levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
O que aconteceu depois?
O prefeito se apresentou à polícia um dia depois do crime, prestou depoimento, mas foi liberado, porque não foi preso em flagrante.
Uma semana depois, a Justiça decretou sua prisão preventiva.
Agentes tentaram localizá-lo na prefeitura e em sua casa, mas ele só se entregou após o mandado de prisão ser aceito.
Após se entregar, João Vitor passou por exame no IML (Instituto Médico Legal) e deve ser levado a um presídio,
Situação do processo
João Vitor ainda não foi indiciado oficialmente, mas está sendo investigado por homicídio.
Como é prefeito, ele tem foro privilegiado e será julgado por tribunais superiores, caso o caso vá a julgamento.
O que diz a defesa?
A defesa do prefeito diz que ele agiu em legítima defesa, afirmando que o policial teria puxado uma arma durante a discussão. No entanto, testemunhas e a Polícia Civil não confirmam essa versão.
Segundo o delegado do caso, os disparos foram feitos pelas costas da vítima e o corpo do PM foi enviado para perícia em Timon.
O prefeito também disse à polícia que jogou a arma fora após o crime, mas ela ainda não foi encontrada. A arma, segundo ele, era um revólver calibre .38, presente de um eleitor, sem registro legal.
🎥 Câmeras e imagens
Imagens de segurança analisadas pela polícia mostram o prefeito indo até um carro, pegando algo e depois se aproximando de um grupo. Em seguida, ele corre de volta ao veículo e vai embora. As imagens ainda estão sendo analisadas, mas não mostram o exato momento do crime.
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Prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier, de 27 anos. — Foto: Divulgação/Redes sociais |
Afastamento do cargo
Após o crime, João Vitor pediu licença médica de 125 dias, dizendo que estava abalado emocionalmente e precisava de tratamento psiquiátrico. Durante esse período, ele continua recebendo o salário de R$ 13.256,08.
A vice-prefeita, Maria Etelvina, assumiu o cargo após a Câmara Municipal aprovar a licença por unanimidade.
Redação FR/informações G1
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