Descanse em paz Sinhô

Sinhô carregava com si sentimentos que não eram recíprocos pela sociedade, como empatia e compaixão

O lado positivo do ser humano quase sempre passa despercebido por seus semelhantes. Infelizmente uma característica intrínseca de determinados indivíduos. Acusar, maldar, criticar e tantos outros verbos pejorativos são mais comuns, quando o outro é avaliado, do que sentimentos como admiração, carinho, empatia, euforia, orgulho e simpatia.

No início da noite do último dia 5, um atropelamento tirou a vida de João Batista dos Santos, nome de batismo de uma das figuras mais conhecidas de Jacobina, o ‘Sinhô do Mercado Velho’.

Muita gente pode lembrar do homem moribundo, que vez ou outra era encontrado caído nas calçadas por conta do seu alcoolismo crônico, mas um lado que talvez poucos saibam que esta pessoa era dotada de empatia e solidariedade com os próximos.

Presenciei alguma cenas de compaixão de Sinhô com os que como ele precisava de ajuda, de carinho e atenção, seja dando seu colo para o amigo dormir, dividindo a comida que recebia de doações, entre outras boas ações.

Este é o Sinhô que ficará para sempre na minha lembrança, de um homem que como muitos outros, foi vítima de suas más escolhas e da falta de atenção e compreensão da sociedade.

Que Deus conforte os familiares e dê um bom lugar a Sinhô.

Por Gervásio Lima

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