Quem comprou arma legal tem que ser ‘voluntário’ do presidente, diz Eduardo Bolsonaro

Foto: Reprodução / Instagram

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), polemizou nas redes sociais, na noite desta segunda-feira (5), ao afirmar, no Twitter, que quem comprou arma legalizada tem que se tornar um “voluntário” do presidente da República.

Em seguida, Eduardo afirma que esses voluntários devem buscar material de campanha, como santinhos e adesivos, para divulgar a candidatura de seu pai.

“Você comprou arma legal? Tem clube de tiro ou frequenta algum? Então você tem que se transformar num voluntário de Bolsonaro. Peça a seu candidato a deputado federal adesivos e santinhos do presidente, distribua”, escreveu o parlamentar ao compartilhar uma foto de Bolsonaro apontando para uma notícia na televisão, onde o ex-presidente Lula (PT) aparece dizendo que não vai liberar decreto para comprar armas, caso eleito.

Ainda por meio da rede social, Eduardo comentou sobre as decisões tomadas nesta segunda-feira (5), pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que citou o risco de violência política na eleição deste ano e determinou a suspensão de trechos de decretos do presidente Jair Bolsonaro que facilitaram a compra e porte de armas.

“A decisão de Fachin é totalmente inócua. Ainda que tenhamos uma bola de cristal e saibamos que alguém agora deseja comprar uma arma para atacar a um adversário político, com ou sem decretos de Bolsonaro, isso levaria meses. Porque Fachin só quer proibir a venda de armas de fogo? Para ser coerente deveria trabalhar pela proibição e comercialização de facas também…”, escreveu em outra publicação.

Nas três decisões, Fachin defendeu o Estatuto do Desarmamento e destacou o risco de elevação da violência como um todo. “Deve-se indagar se a facilitação à circulação de armas, na sociedade, aumenta ou diminui a expectativa de violência privada. Antecipando a resposta à qual me encaminharei, penso que se deve concluir pelo aumento do risco e consequente violação do dever de proteção pelo Estado”.

O ministro também avaliou que, “em contextos de alta violência e sistemática violação de direitos humanos, como é o caso brasileiro”, deve ser considerada “a propensão a otimizar o direito à vida e à segurança, mitigando riscos de aumento da violência”.

Fonte: Bahia. Ba

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