Associação de bares e restaurantes da Bahia pleiteia redução de taxas de apps de delivery

                                                     Foto: Reprodução/Edição Brasil

A seccional Bahia da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) já está negociando e deve formalizar já nos próximos dias um pedido de redução das taxas cobradas pelos aplicativos de delivery aos estabelecimentos cadastrados. A medida pretende amenizar as perdas do setor diante das medidas de combate à pandemia, as quais restringem o funcionamento do segmento em todo o estado, segundo o Luiz Henrique Amaral, que presidente a associação na Bahia. 

Os bares e restaurante integram o rol de atividades não essenciais, cuja restrição de atendimento presencial em Salvador e em cidades da região metropolitana, conforme decreto estadual, segue até a próxima segunda-feira (15) em tempo integral.

Para além, o segmento também é afetado pelo toque de recolher, em vigor em todas as regiões do estado até às 5h do dia 1° de abril, também por força de decreto estadual. Amaral explica que, somente a extensão do toque de recolher entre as 20h e 5h da manhã por todo o mês de março é suficiente para comprometer a sobrevivência de 60% dos estabelecimentos. “Modelos de negócios que tem o turno da noite como seu principal horário de funcionamento é extremamente impactado”, pontua o presidente da Abrasel.

“A gente está muito preocupado em buscar um meio de sobrevivência e buscar a redução dessas taxas, com certeza, é um deles, porque o impacto dessa relação, totalmente desproporcional, hoje gera grandes impactos dentro das atividades. O delivery passou a ter uma grau de significado muito maior diante da situação toda. Já estamos dialogando sobre isso e formalizando esse processo para que tenhamos maior capacidade de melhorar essas taxas”, enfatiza Amaral. 

Ao Bahia Notícias, ele explicou que a porcentagem exata de desconto a ser solicitada não foi ainda definida, mas que o diálogo com os representantes das plataformas já está acontecendo. “Estamos tentando acelerar o processo”, ressalta. 

As taxas cobradas atualmente aos empresários, conforme explica Amaral, é bastante variável e depende diretamente do acordo feito entre o estabelecimento e a plataforma. As cláusulas podem considerar questões como exclusividade, o pacote de serviços escolhido pelo restaurante ou bar – se inclui sistema de pagamento e entrega com motoboys cadastrados na plataforma ou não, por exemplo. Os descontos podem variar entre o mínimo de 12% ao máximo de 27% sobre o valor total do produto escolhido pelo cliente final. 

Ao avaliar o impacto gerado pelas medidas de restrição de funcionamento, Amaral ressalta o temor diante da permanência da sombra das sucessivas demissões. Segundo ele, o fechamento de operações e as demissões continuam na mesma escalada, atingindo a ordem de 30%. 

“A grande preocupação com a manutenção dessa política de restrição e fechamento total é que contraria o que a gente tenta fazer, que é garantir ambiente adequado às normas de biossegurança”, diz.

Fonte: Bahia Notícias

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