O presidente Donald Trump assinou nesta segunda-feira (5) uma ordem executiva que congela todos os bens do regime do ditador Nicolás Maduro nos EUA. Equivalente a uma medida provisória brasileira, a ação é anunciada na véspera de cúpula do Grupo de Lima sobre a Venezuela.
"Todas as propriedades e interesses em propriedades do governo da Venezuela que estejam nos EUA estão bloqueados e não podem ser transferidos, pagos, exportados, retirados ou de alguma maneira usados", afirma o texto.
De acordo com o Wall Street Journal, trata-se da primeira medida do tipo imposta pelos EUA em mais de 30 anos no Hemisfério Ocidental.
Ainda segundo o jornal, a medida coloca o país sul-americano no mesmo patamar de nações como Coreia do Norte e Irã em termos de imposição de sanções.
Segundo uma fonte do governo americano ouvida pelo WSJ, os EUA se aproximam de impor um embargo total à Venezuela.
Em medida que deve ser anunciada na terça, os EUA devem ameaçar impor sanções sobre qualquer companhia ou indivíduo, estrangeiro ou americano, que faça negócios ou ofereça apoio a qualquer pessoa afiliada ao governo Maduro.
De acordo com essa fonte, as remessas feitas por venezuelanos a seus familiares serão protegidas.
O governo Trump tem aumentado a pressão com o objetivo de retirar Maduro do poder. Desde o acirramento da crise política venezuelana neste ano, os EUA já impuseram sanções a mais de cem indivíduos e entidades da Venezuela, incluindo a estatal petroleira Pdvsa.
Na reunião desta terça, em Lima, estarão presentes o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, e o conselheiro de segurança nacional, John Bolton.
Também participarão o Brasil, a União Europeia e representantes de cerca de 60 países. BN
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