O filho do tricampeão mundial de F-1 Nelson Piquet não gostou de saber que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) assinou na última quarta-feira (8) um termo de cooperação para a construção no Rio de Janeiro de um novo autódromo, que, por sugestão do presidente, deve se chamar Ayrton Senna.
Nelsinho Piquet, 33 anos, em uma postagem no Twitter, questiona Bolsonaro e lembra que o antigo autódromo da capital fluminense em Jacarepaguá -destruído para dar espaço ao Parque Olímpico da Barra-, levava o nome do seu pai.
De acordo com o presidente, a intenção é que a prova já seja realizada no ano que vem no local. Até o momento, porém, não existem garantias de que isso acontecerá, já que a Prefeitura de São Paulo possui contrato para realizar o GP de Interlagos até 2020. O prefeito Bruno Covas e o governador João Doria, ambos do PSDB, já manifestaram a intenção de renovar o contrato que vence no próximo ano.
Outro empecilho seria a realização das obras. Diferentemente do que disse Bolsonaro, a última versão do edital dá 24 meses como prazo para a construção do autódromo de Deodoro.
A previsão é que a construção do autódromo custe R$ 697,4 milhões. O investimento será a cargo da iniciativa privada, que poderá explorar o espaço comercialmente. O local, com capacidade para 130 mil pessoas, será construído em Deodoro, em uma área de propriedade do Exército que foi cedida. Ela teve de ser descontaminada, porque havia artefatos explosivos enterrados no local.
O primeiro GP Brasil de F-1 foi realizado em 1972, em Interlagos. Nos anos 1980, a prova se mudou para o Rio de Janeiro, no autódromo de Jacarepaguá, onde ficou até 1989. No ano seguinte, voltou para Interlagos, circuito em que permanece até hoje. BN
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