O dólar disparou nesta segunda-feira (13). Não só no Brasil, mas no mundo todo. A moeda americana valorizou em relação às de outros países por causa da implementação das tarifas aos produtos chineses nos Estados Unidos. Donald Trump vinha negociando com o governo Chinês e tinha até a última sexta-feira para decidir de ia ou não subir a tarifa. A decisão foi aplicar alta de 25% sobre todas as importações, o que vai gerar um impacto gigantesco nas balanças comerciais dos dois países.
As Bolsas ao redor do mundo estão caindo - aqui no Brasil, a Bovespa tinha queda de 2,47 pontos por volta das 16h. O dólar está se valorizando e o iuan está desvalorizando frente a todas as moedas. Como por aqui ainda enfrentamos a discussão da Reforma da Previdência (saiba mais aqui), o dólar ultrapassou a marca dos R$ 4.
Existe um índice nos EUA, o VIX, que mede a volatilidade (ou pânico) no mercado. E ele disparou nesta segunda-feira. Por isso os investidores estão mais cautelosos sobre o que vai acontecer.
O comentário no mercado nesta manhã girava em torno dos sinais confusos entre as duas potências mundiais. Os representantes do governo americano tentam vender a ideia de uma conversa pacífica, enquanto os chineses cobram de forma incisiva a retirada das sobretaxas impostas. Para ajudar, o próprio Trump disparou tweets em que sugeria que poderia haver novos aumentos nas taxas a curto prazo.
E é provável que essa situação continue a gerar impactos no mercado nos próximos meses. As negociações continuam e em 2020 haverá novas eleições presidenciais nos Estados Unidos, e Trump deve usar essa briga com a China como uma plataforma política para as eleições.
Por aqui, é importante que o investidor fique de olho na divulgação de balanços trimestrais da indústria, nas definições do Banco Central sobre a taxa Selic e nas declarações do presidente Jair Bolsonaro, principalmente em relação à Previdência. BN
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