O nestante é o futuro mais próximo do agora; é o daqui a pouco, o que está por vir e o presente vizinho do passado. Entendeu? Eu também não, mas a verdade é que a existência é o presente, o passado e o futuro. Aquilo que não existe não se aplica os tempos verbais.
Não precisa ser vidente ou possuir outros poderes sobrenaturais para adivinhar as conseqüências de desastrosos comportamentos. Atuar em causa própria ou em prol de determinados grupos, selecionados a partir de interesses escusos, caracteriza estelionato por ludibriar àqueles que por algum motivo acreditou no ‘conto da carochinha’.
Em se tratando de cargos eletivos, o alento é que ainda é possível confirmar a reprovação dos estelionatários eleitorais através do voto. Pode até demorar um pouco, mas o momento do ‘traíra’ chega. O autoritarismo, a perseguição e a retirada de conquistas são demonstrações do enfraquecimento do estado social, onde as lutas de outrora estão sendo desconstruídas a partir de discursos requentados e travestidos como lobo em pele de cordeiro.
Enquanto o amanhã não chega o hoje está no comando, por tanto é importante viver e compartilhar a vida sem limites e distinções. Vale, inclusive, o ‘copiar e colar’ para disseminar aquilo que enseja as condições ideais ao equilíbrio, à manutenção, ao aprimoramento e ao progresso da coletividade (o bem).
Apesar das agruras, não se pode perder as esperanças e a vontade de construir uma sociedade igualitária e justa, em benefício de todos, independente de etnia, morfologia e sexualidade. Para tanto é preciso união para vencer o medo e principalmente o ódio.
“... Mas a chuva não pede pra cair
O sol tem hora certa pra nascer
Será que 'tava escrito
Que eu iria te perder, não
A tempestade vai se acalmar
O rio sempre volta pro mar
Inevitavelmente um dia a gente, a gente vai voltar
Vai voltar
Inevitavelmente
A gente vai voltar” – Inevitavelmente – Daniel
Por Gervásio Lima
Jornalista e historiador
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